ATA DA SEPTUAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 02-09-2010.

 


Aos dois dias do mês de setembro do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Maria Celeste, Mauro Zacher, Paulinho Rubem Berta, Toni Proença e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Beto Moesch, o Projeto de Lei do Legislativo nº 143/10 (Processo nº 3010/10); e pelo vereador Dr. Thiago Duarte, o Projeto de Resolução nº 024/10 (Processo nº 3215/10). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 179 e 180/10, do senhor Valdemir Colla, Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal – CEF –; e Ofício nº 830/10, do senhor Prefeito. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Septuagésima Segunda e Septuagésima Terceira Sessões Ordinárias e da Vigésima Nona Sessão Solene. A seguir, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso da Semana da Pátria, nos termos do Requerimento nº 071/10 (Processo nº 3229/10), de autoria da Mesa Diretora. Compuseram a Mesa: os vereadores Bernardino Vendruscolo e João Carlos Nedel, respectivamente 1º e 3º Secretários da Câmara Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o brigadeiro Paulo Roberto de Carvalho Ferro e o senhor Álvaro Raul Cruz Ferreira, respectivamente Presidente e Vice-Presidente da Liga de Defesa Nacional no Rio Grande do Sul; o juiz de direito Alberto Delgado Neto, Diretor do Foro Central da Comarca de Porto Alegre; o coronel Luiz Alfredo Mendes dos Santos, representando o Comando Militar do Sul; o coronel-de-infantaria Marcelo Binotti, representando o 5º Comando Aéreo Regional – V COMAR –; o senhor Lindomar Cristiani dos Santos, representando a 9ª Superintendência da Polícia Federal do Rio Grande do Sul; e o senhor Jorge Krieger de Mello, representando o Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Bernardino Vendruscolo, em nome da Mesa Diretora. Em continuidade, o senhor Presidente concedeu a palavra ao senhor Álvaro Raul Cruz Ferreira, que, em nome da Liga de Defesa Nacional no Rio Grande do Sul, agradeceu a homenagem ora realizada pela Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e cinquenta e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e dois minutos, constatada a existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, pronunciou-se o vereador Aldacir José Oliboni. Às quinze horas e dez minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pelo vereador Idenir Cecchim, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, João Carlos Nedel e João Antonio Dib e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que eu, João Carlos Nedel, 3º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado a homenagear a Semana da Pátria, nos termos do Requerimento n° 071/10, de autoria da Mesa Diretora.

Convidamos para compor a Mesa o Brigadeiro Paulo Roberto de Carvalho Ferro, Presidente da Liga de Defesa Nacional do Rio Grande do Sul; o Sr. Álvaro Raul Cruz Ferreira, Vice-Presidente da Liga de Defesa Nacional do Rio Grande do Sul; o Exmo Sr. Alberto Delgado Neto, Juiz de Direito, Diretor do Fórum da Comarca de Porto Alegre; o Exmo Sr. Luiz Alfredo Mendes dos Santos, Coronel, representante do Comando Militar do Sul; o Exmo Sr. Marcelo Binotti, Coronel de Infantaria da Aeronáutica, representante do 5º Comando Aéreo Regional; o Sr. Lindomar Cristiani dos Santos, representante da 9ª Superintendência da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul e o Sr. Jorge Krieger de Mello, Presidente da Força Expedicionária Brasileira - Cidadão de Porto Alegre.

Solicito ao Ver. João Carlos Nedel que assuma a Presidência dos trabalhos, para que eu possa fazer um pronunciamento em nome da Casa.

 

(O Ver. João Carlos Nedel assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações para fazer a homenagem à Semana da Pátria.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) A Mesa Diretora incumbiu-me ao pronunciamento em nome dos Vereadores, o que faço com muita honra, ainda que, como bom soldado, pego “de repente”, Ver. Idenir Cecchim.

Senhores militares e civis, poderíamos ter dificuldade para falar da Pátria, mas, quando, porventura, nos escaparem as palavras, nos apegaremos ao coração. Há poucos dias, estávamos aqui numa outra homenagem ao Dia do Soldado e procuramos fazer o nosso pronunciamento falando da importância das Forças Armadas do Brasil, representada pelas três Armas principais. Falamos também sobre aquele soldado que não veste a farda, aquele que trabalha nos demais segmentos profissionais da sociedade, que respeita a Pátria, que faz a defesa da sua forma, por meio do respeito e das demais ações, que não a ação militar, porventura necessária.

Denominou-se Independência do Brasil um processo que culminou com a emancipação política do nosso País do reino de Portugal, lá no início do século XIX. Oficialmente, a data adotada é 7 de setembro de 1822, quando ocorreu o episódio chamado e conhecido por todos nós - desde o colégio - como o “Grito do Ipiranga”, que teria acontecido às margens do riacho Ipiranga.

 

O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino Vendruscolo, quero cumprimentá-lo pela manifestação; cumprimentar o nosso Presidente, Ver. João Carlos Nedel; Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores, principalmente as autoridades civis e militares, e dizer que, nesta homenagem que esta Casa faz à Semana da Pátria, fica muito bem representada a população de todo o País pelas autoridades civis e militares que aqui compõem a Mesa. As instituições do Brasil são uma demonstração de que esta Pátria teve, a partir de 1822, desenvolvimento e crescimento. As autoridades que compõem a Mesa representam muito bem a população do Brasil. Parabéns à população do Brasil, e faço isso por intermédio de Vossas Excelências.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino Vendruscolo; prezado Ver. João Carlos Nedel, autoridades civis e militares que aqui representam a Pátria brasileira, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, quero dizer que esse momento da Semana da Pátria - o 7 de Setembro - serve para reflexão. O Brasil vem se firmando, cada vez mais, no cenário nacional e internacional, como uma nação que vem conquistando espaço, respeito, reconhecimento e crescimento. O Brasil caminha, da oitava potência do mundo - por que não almejarmos? - para a quinta, quarta potência mundial, para contribuir com a construção não só da Nação brasileira, mas de um planeta que cultue e preze a paz mundial. Portanto, este é um momento de reflexão para continuarmos avançando naquilo que o Brasil tem e merece pela sua grandeza, pelo seu povo, pelas suas riquezas. Meus parabéns, Ver. Bernardino Vendruscolo.

 

O Sr. Dr. Raul: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, eu também gostaria de me somar a esta iniciativa tão importante, por parte da Mesa Diretora, de trazer aqui as autoridades civis, militares e saudar a nossa Pátria, o nosso patriotismo. Eu não poderia deixar de falar sobre a minha saudade de uma pessoa muito querida, do José Conrado de Souza, que foi o fundador do meu Lions Clube Porto Alegre Monte Castello, que lá lutou e que muito bem representou esse patriotismo, essa amizade e essa necessidade que todos temos de ter uma Pátria digna, honesta e que traga, realmente, qualidade de vida para todos nós.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, eu quero cumprimentá-lo mais uma vez e agradecer por nos dar oportunidade de falar um pouco sobre a nossa Pátria. Uma saudação especial às autoridades. E quero dizer, Ver. Bernardino, que eu sinto saudade daquela época em que a nossa turma de colégio ia para o pátio da escola e ali prestava uma homenagem à nossa Pátria, quando nós tínhamos a oportunidade de cantar o Hino; não apenas a oportunidade de cantar o Hino, mas ali nos era ensinado o amor à nossa Pátria.

O meu sonho é que isso volte, Ver. Bernardino Vendruscolo, que as crianças, nas escolas, sejam ensinadas a amar a sua Pátria, a respeitar a sua Pátria, e que os estudantes tirem um tempo para ir ao pátio e, diante da nossa Bandeira, prestem uma homenagem à nossa Pátria querida. Obrigado.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, obrigado pelo aparte. Cumprimentando o Presidente da Casa, cumprimento todas as autoridades presentes. Quero dizer que o amor à Pátria é o que move o nosso País, e as nossas Forças Armadas têm trabalhado tão firmemente no sentido de resgatar o amor à Pátria.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino; Sr. Presidente; digníssimas autoridades militares e civis - uma saudação ao Dr. Krieger de Mello, que também está presente -, que bom, Ver. Bernardino, que V. Exª teve essa iniciativa. Eu acho que é muito bom nós vermos uma homenagem à Pátria em conjunto com as nossas autoridades militares, porque todos nós, quando pequenos, queremos ser soldadinhos, soldadinhos da Pátria, os soldados da Pátria! No nosso dia 7 de Setembro, Dia da Independência, o nosso orgulho é ver os grandes desfiles militares que acontecem pelo Brasil. Eu acho que as nossas Forças Armadas representam aquilo que há de segurança, aquilo que há de soberania no nosso Brasil. E, quando se festeja a Semana da Pátria, nós queremos fazer uma grande homenagem àqueles que garantem a liberdade da nossa Pátria. Que todo o povo brasileiro seja homenageado, e que as nossas instituições militares, que fazem essa segurança, sejam cada vez mais respeitadas.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, da mesma forma que as demais representações da Casa, o Democratas se soma ao pronunciamento de V. Exª com absoluta concordância, dizendo que a nossa soberania, diretamente vinculada ao nosso conceito de independência, não só tem que ser proclamada neste momento como reafirmada com o compromisso solene que se tem com a Pátria e para com o seu povo. Meu abraço, minha solidariedade e, mais do que isso, meu integral apoio à sua manifestação.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Bernardino, ao cumprimentar a Mesa e as autoridades que a compõem, cumprimento V. Exª pelo pronunciamento. Lembro-me da minha juventude, da minha adolescência, quando, no dia 2 de setembro, era o dia da Parada da Mocidade, que hoje não fazemos mais. Nós comemoramos a Semana da Pátria sem o mesmo entusiasmo, e a Pátria tem que ser comemorada todos os dias, até porque independência se conquista todos os dias, e se conquista pelo trabalho, pelo trabalho sério, responsável, honrado, com a preocupação de fazer a nossa terra cada vez maior, mais respeitada e também respeitosa em relação aos demais países. Portanto, é uma semana importante, e, lamentavelmente, não vejo o mesmo entusiasmo da minha adolescência e da minha juventude, mas, de qualquer forma, o nosso País cresce, o nosso País se destaca pelo trabalho de seus filhos. E o trabalho realmente é o mais importante dos fatores para a conservação da independência da nossa Pátria.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado ao Ver. João Antonio Dib e aos demais Vereadores que pediram apartes, e quero dizer que também tenho esse sentimento. Do pouco que eu aprendi, muito se deve, evidentemente, ao Exército, que me deu oportunidade. Eu saí lá de Iraí, servi em São Borja, como já fiz registro em tantas oportunidades, e, depois, servi aqui na Polícia do Exército. Aqueles que serviram sabem o que nós, que tivemos oportunidade de servir, guardamos eternamente e com muito orgulho.

Seguindo, cito a presença de outras autoridades que acompanham este momento, tais como o Assessor Parlamentar do Comando Militar do Sul, Coronel Marcelo Cantagalo dos Santos; o Assessor Parlamentar do 5º Comando Aéreo Regional, Coronel Uirassú Litwinski; o representante dos Veteranos dos Fuzileiros Navais, Sr. Leão dos Santos; o Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Rio Grande do Sul, Sr. João Otávio Cezar Lessa; o representante da Secretaria Municipal de Educação, Sr. Nero Buralde; senhoras e senhores (Lê.): “A moderna historiografia em História do Brasil afirma que o início do processo de Independência se deu com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, no contexto da Guerra Peninsular, a partir de 1808, quando a Corte Portuguesa transferiu-se para o Brasil, fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte. O regente Dom João VI abriu os portos do País, permitiu o funcionamento de fábricas e fundou o Banco do Brasil. O País tornou-se, em 1815, Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1818, Dom João VI foi coroado rei.” Com certeza, naquele momento, se tem a primeira sinalização de que o Brasil seria uma grande potência.

Sempre que temos oportunidade de ouvir pronunciamentos em defesa da soberania nacional, nos resta, Dr. Krieger de Mello, uma certa angústia, porque estamos vendo outros países, aparentemente de menos vulto, mais aparelhados do que o Brasil. Porém nós temos certeza de que os nossos soldados, ainda que possam perder nas armas bélicas, têm uma arma muito forte, que é a arma do coração.

Todas as vezes que nós, brasileiros, fomos chamados, não medimos esforços para defender o Brasil, desde a defesa da parte sul do Brasil até os campos da Itália, a Guerra do Paraguai, enfim. São tantas guerras que lembramos mais como uma homenagem, e não como uma premiação, àqueles brasileiros que não mediram esforços e que jogaram suas vidas em defesa da nossa Pátria.

Toda oportunidade é válida, e aqui os Parlamentares registram - e eu me somo a esse grupo - que não se vê mais o mesmo sentimento do passado. Eu tenho a impressão, Ver. Dib, que também se pronunciou dessa forma, de que isso é um detalhe somente de comunicação. Se formos chamados, agiremos como sempre agiram os nossos antepassados.

Quando em determinado momento, nos idos de 1800, a unidade do Brasil mostrou um certo risco de fragmentação, Duque de Caxias, o próprio Bento, Osório, homens desta terra, junto com outros líderes do Norte e do Leste, fizeram a união, e o Brasil se manteve unido e forte. Que nós possamos, com o respeito merecido e devido, observar com cautela, mas observar sempre os pronunciamentos que autoridades militares seguidamente fazem em defesa da Amazônia. Não podemos deixar de considerar esses pronunciamentos, ainda - volto a dizer - que se faça com cautela, Ver. Nilo Santos. Devemos observar, porque são homens que passaram a vida na caserna, são homens que têm muita informação, são homens que têm conhecimento, e por isso nós não podemos desprezar o fato. Obrigado, Ver. João Carlos Nedel; obrigado aos demais Vereadores, obrigado às autoridades. Essa foi a nossa manifestação, feita, acima de tudo, com o coração. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Obrigado, Ver. Bernardino Vendruscolo.

O Sr. Álvaro Raul Cruz Ferreira, Vice-Presidente da Liga da Defesa Nacional do Rio Grande do Sul, está com a palavra.

 

(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. ÁLVARO RAUL CRUZ FERREIRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Esta Casa irmana-se à Liga da Defesa Nacional para comemorar os 188 anos da nossa independência. Feliz o povo que pode, com os seus representantes e as suas autoridades, festejar em paz e liberdade a passagem da data magna que registra e assinala toda uma história de conquista de um povo pacífico e ordeiro e que hoje se projeta no cenário das nações.

A data e o evento que iremos comemorar sintetiza a soma, o produto de tantos outros anos, décadas e séculos - momentos de vitórias, momento de reveses; resume todo o nosso passado histórico que aprendemos nos bancos escolares, no recesso dos nossos lares, no estudo das mais diversas literaturas; resume os momentos que construímos e vivenciamos ao longo das nossas vidas profissionais, na intenção de construir uma Pátria mais digna e respeitada.

O Brasil progride e avança, porque o civismo e o patriotismo não têm cor partidária; vislumbra, sim, o bem comum do povo brasileiro impelindo-o ao desenvolvimento em todas as áreas que marcam o progresso e o crescimento da Nação.

Feliz é o Brasil em possuir a Liga da Defesa Nacional, entidade civil que se une às demais e aos homens de bem e que pode, em o e bom som, pregar à juventude do nosso País, ao entregar, nas suas comunidades, o Fogo Simbólico da Pátria - o qual simboliza e sintetiza o ardor cívico do povo brasileiro - que o nosso Brasil, antes da espada e do fuzil, sempre cresceu com o despertar das consciências, com o sonho dos sonhadores audazes, com o verbo candente dos pregadores enlouquecidos de civismo que veem a realidade antes que a realidade aconteça; visionários, como Tiradentes, Benjamin Constant, Getúlio Vargas, Monteiro Lobato, Juscelino Kubitschek, Marechal Castelo Branco, como todo cidadão que, na mais simples atividade profissional, coloca o Brasil acima de tudo.

Feliz é o Brasil em possuir a Liga da Defesa Nacional, muitas vezes incompreendida e sem o apoio necessário e merecido; porém com um punhado de patriotas e sonhadores que saem a semear civismo e brasilidade pelos rincões da nossa Pátria e do nosso Estado.

Dignas autoridades e distintos presentes, nós, da Liga, guardamos num relicário a inspiração de Olavo Bilac ao criá-la em 7 de setembro de 1916. Há 94 anos perseguimos e procuramos desenvolver o civismo em todos os locais e em momentos como este.

A Liga da Defesa Nacional do Rio Grande do Sul, em 1938, criou a Corrida do Fogo Simbólico da Pátria. Na grandeza do seu simbolismo, palmilhou, em outras décadas da sua história, todas as Capitais dos Estados da Federação.

Hoje, em 2010, cem Municípios do nosso Rio Grande com uma viatura da gloriosa Brigada Militar e outra da parceira de todas as horas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, realizaram a 73ª edição desse Evento, levando, nesse facho de luz, o calor cívico às cidades gaúchas.

Neste ano, para que todas as comunidades, principalmente a estudantil, comemorem com maior ardor e elã a Semana da Pátria e a chegada do Fogo Simbólico, a Liga da Defesa Nacional escolheu dois temas relevantes aos quais presta a sua homenagem nos cartazes, nos folders, nas palestras e nos pronunciamentos em nível nacional: “A Amazônia - patrimônio do povo brasileiro”. Este tema tão importante e de magna relevância resumiremos em três tópicos. O primeiro: a Amazônia é vítima. Os senhores tirem as suas conclusões e ilações através dos seus conhecimentos, através da leitura científica ou não de publicações em geral e do que a mídia estampa no seu cotidiano. Segundo: a Amazônia é a solução para o Brasil, pela sua biodiversidade, pelos 20% da água potável do planeta, pelos minérios estratégicos e de potencial conhecidos e por se descobrir. Terceiro: o que nos conforta é que, no século XXI, independente de sigla, o Governo brasileiro se dedicará à Amazônia como patrimônio do Brasil através do Projeto Amazônia Protegida, no qual não só o Ministério da Defesa se fará presente nas 23 ecorregiões, mas também todos os demais, e, dessa forma, estará o Estado brasileiro lançando âncoras nessa geoestratégica área situada na altura da Linha do Equador.

A campanha da Liga da Defesa Nacional pela Amazônia se apresenta como uma causa nacionalista na busca por militantes de todos os quadrantes do nosso querido Brasil; é um tema a ser discutido por todos nós, com ou sem paixão, porém com consciência e patriotismo.

A nossa preocupação se resume na palavra “soberania”. Povo algum pode abrir mão dela se quiser continuar a ser livre. A Amazônia é patrimônio do povo brasileiro para ajudar e auxiliar a humanidade.

Senhores, em nível estadual, a Liga da Defesa escolheu como tema de reflexão e homenagem a APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. O movimento apaeano, na sua proposta, deixa de ser entidade segregadora e assistencialista, passando para uma postura integradora e inclusiva, norteando-se na nobre causa de dar dignidade às pessoas portadoras de necessidades especiais, muitas vezes excluídas; visa, portanto, a verdadeira inclusão social, dando cidadania ao indivíduo, seja ele quem for.

Tivemos a oportunidade de presenciar isso, quando, de 15 a 21 de agosto, levamos o fogo simbólico a inúmeras cidades do nosso amado Rio Grande. Nas reuniões cívicas, lá se faziam presentes alunos da APAE, portadores de necessidades em vários níveis, porém dando demonstrações de civismo. Vimos esses jovens e velhos incluídos como personagens em peças teatrais, inseridos no contexto da arte, da dança, da declamação e do canto orfeônico, ultrapassando, muitas vezes, os limites das suas capacidades e potencialidades.

Por fim, a Liga da Defesa Nacional, através dos seus membros aqui presentes - porque todo cidadão deve se considerar um integrante da Liga da Defesa -, irmana-se a todos os demais patriotas, na afirmação do compromisso de não só exaltarmos cada data sagrada da nossa Pátria, mas, principalmente, transformar pelo trabalho, pela fé no povo brasileiro e pelo ardor cívico ao Brasil, todos os dias em dias da nossa Pátria; transformar todos os lugares do nosso conviver em sociedade num archote solene, no qual trepide a chama da ética, da moral, da solidariedade e da cidadania, essa última que é, antes de mais nada, a exação do cumprimento do dever, para termos o Brasil que nós queremos, o Brasil que nós merecemos. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Encerramos esta homenagem no período de Comunicações. Queremos agradecer a participação de todos, das autoridades civis e militares que prestigiam esta Casa.

Suspendo os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h59min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo - às 15h02min): Estão reabertos os trabalhos.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 062ª e 063ª Sessões Ordinárias, e da 029ª Sessão Solene. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Ver. Bernardino, presidindo os trabalhos neste momento; colegas Vereadoras, colegas Vereadores; público que nos assiste, estávamos acompanhando, há alguns minutos, uma reunião na Procuradoria do Município, Ver. DJ, uma vez que o concurso para Guarda Municipal teria sido anulado por ter acontecido um processo judicial por parte de cinco pessoas que teriam rodado na prova de tiro, Ver. João Antonio Dib. E desses concursados, 78 pessoas deixaram seus empregos; seriam nomeadas em julho e não foram, e estão aguardando a análise do recurso dessas pessoas que, de uma certa forma, rodaram na prova de tiro e se sentiram prejudicadas.

Dessas cinco pessoas, três desistiram, Ver. João Antonio Dib - V. Exª, que é Líder do Governo -, e somente duas ainda mantêm esse recurso. Nessa reunião fomos recebidos pelo Marcelo - que foi seu assessor aqui, Ver. DJ Cassiá, muito atencioso -, e pela Procuradora Carmen, que nos explicou que o recurso será julgado no dia 09. No dia 10, Ver. João Antonio Dib, esperamos que a Justiça se sensibilize, porque a Secretaria de Segurança aguarda ansiosamente a possível nomeação dessas 78 pessoas, como nós, cidadãos de Porto Alegre, como as unidades de saúde e os outros tantos que aguardam por segurança, que, até então, está deficitária na Cidade.

Realmente, estávamos muito preocupados e fomos lá representar a Casa, no intuito de poder dar esse esclarecimento a essa comissão de cidadãos que passaram no concurso público da Guarda Municipal.

Agora, dia 09 será julgado esse recurso - que esperamos não tenha êxito - e, na medida em que esse recurso cair, já no dia 10, a Prefeitura Municipal, através da Procuradoria, chamará esses cidadãos concursados para exercerem as suas atividades.

Eu faço aqui este breve relato, de uma certa forma agradecendo à Procuradoria, que, sensivelmente ao nosso apelo, numa reunião emergencial, atendeu à Comissão, atendeu este Vereador e o Ver. Mario Manfro, para poder, de uma certa forma, dar esclarecimentos ao grupo e também procurar a Juíza.

Então, possivelmente amanhã, alguns jornais estarão enfocando esse assunto, e é de extrema importância que os colegas Vereadores saibam, até porque em não acontecendo, estaremos, a partir do dia 10, nesse movimento em defesa desses cidadãos que se sentem prejudicados e que, na verdade, querem trabalhar. Eles deixaram os seus empregos, porque a prova de tiro se realizou por quinze dias seguidos, e as empresas não iam, de certa forma, aceitar que o funcionário fosse faltar durante todo esse tempo.

São essas as coisas que nós, como Vereadores, temos que perceber; temos que apoiar esses cidadãos. Poderia ter sido numa outra área: Saúde, Educação, Segurança, como aconteceu agora; enfim, o importante é lutarmos para que os serviços não sejam terceirizados.

O Poder Público se sensibiliza, faz concurso público, assume a sua responsabilidade, pois pagamos impostos, e a população quer retorno, seja da Segurança, através de uma Guarda Municipal ativa e preparada, como também da área da Saúde, possibilitando o acesso à consulta, aos exames, às cirurgias, e assim por diante.

Por isso nós acompanhamos essa reunião, que foi produtiva, e aguardamos uma resposta favorável da Juíza, no próximo dia nove. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Idenir Cecchim. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Onze Vereadores presentes. Não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 15h10min.)

 

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